Um barco transportando parentes de reféns israelenses mantidos pelo Hamas parte para Gaza para exigir sua libertação: "Precisamos de toda a ajuda internacional que pudermos obter."

Parentes de reféns israelenses embarcaram em vários barcos na quinta-feira com destino à costa da Faixa de Gaza para "chegar o mais perto possível" de seus entes queridos sequestrados pelo Hamas, disse um jornalista da AFP a bordo de uma das embarcações.

"Socorro! Socorro! Socorro! Precisamos de toda a ajuda internacional para resgatar os reféns ", disse Yehuda Cohen, pai de um dos reféns.

Cohen faz parte deste grupo de cerca de vinte pessoas que partiram a bordo de três barcos do porto israelense de Ashkelon, na fronteira norte da Faixa de Gaza.

Muitos carregavam bandeiras amarelas e cartazes com imagens dos reféns, enquanto gritavam seus nomes.

Uma vez no mar , outros barcos se juntaram a eles.

Das 251 pessoas sequestradas pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, 49 permanecem reféns em Gaza, das quais 27 foram declaradas mortas pelo exército israelense.

Ilay David, irmão do refém israelense Evyatar David , pediu ao Conselho de Segurança da ONU na terça-feira que use sua influência para garantir a libertação imediata dos reféns mantidos pelo Hamas na Faixa de Gaza.

A sessão foi convocada a pedido de Israel depois que o Hamas divulgou vídeos mostrando dois reféns israelenses, Evyatar David e Rom Braslavski, em condições extremas, incluindo o primeiro cavando sua própria cova.

O irmão de Evyatar disse ao Conselho que, desde 7 de outubro de 2023, os reféns "têm sofrido um pesadelo inimaginável" e alertou que "suas vidas estão em jogo".

"Sabemos pelos relatórios médicos que Evyatar, Guy e os outros estão à beira da morte. Só lhes restam alguns dias. Dias! É a urgência. Cada um deles perdeu metade do peso corporal", declarou.

Ilay David pediu ao Conselho de Segurança que use "todos os meios" à sua disposição para garantir a libertação imediata e incondicional dos reféns, já que "o tempo se esgotou".

A sessão ocorreu em meio à crescente pressão internacional sobre Israel para declarar um cessar-fogo e permitir a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza , que foi devastada pelos militares israelenses e atingida por uma fome sem precedentes.

De acordo com um alto funcionário israelense que informou a mídia hebraica na segunda-feira, Netanyahu pretende propor ao gabinete de segurança israelense, que decide sobre a ofensiva em Gaza, "a continuação dos combates e sua expansão para áreas onde há temores de reféns", além da "ocupação total da Faixa de Gaza".

O primeiro-ministro, no entanto, enfrenta a oposição do exército, que reluta em operar em locais onde há reféns por medo de que as milícias palestinas em Gaza os executem conforme as tropas avançam (como aconteceu no final de agosto de 2024 com seis reféns, encontrados em 1º de setembro).

O número total de mortos nos ataques israelenses na Faixa de Gaza ultrapassou 61.000 , de acordo com a última contagem diária do Ministério da Saúde do enclave palestino, divulgada na terça-feira.